sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Há coisas…que até chocam o diabo!!!

Sabem que a Europa Viva organiza, promove e dinamiza anualmente, um curso designado Europa e Religiões.
Como todos os projectos da Europa Viva, o curso não é anunciado com pompa e circunstância, mas como todos os projectos da Europa Viva, o curso procura satisfazer padrões culturais elevados, procurando, para tanto, formadores de altíssimo nível pedagógico, científico e cultural.
O curso tem a duração de seis meses, cinco dos quais são dedicados às grandes espiritualidades, hinduísmo, islamismo, budismo, cristianismo e judaísmo e um mês a grandes lições sobre matérias que digam respeito á cultura europeia na sua relação com o fenómeno religioso.
O curso envolve uma logística complicadíssima: calendários de coordenação, encontro de parceiro credível que suporte cientificamente a iniciativa, gestão de um calendário semestral, escolha e contactos com formadores, preparação de documentação, a venda do projecto junto da sociedade civil, mas o curso envolve ainda 15 formadores de grau académico muitíssimo relevante, muitos destes homens e mulheres com um tempo ocupadíssimo em conferencias e cursos em Universidades espalhadas pelo mundo, bem como uma gestão de actividades paralelas ao curso corporizadas em visitas culturais fora de Lisboa.
Como se isto não bastasse, a Europa Viva ainda oferecesse um infindável numero de horas de serviço voluntário, não apenas dos dois elementos que têm a responsabilidade da criação, gestão e manutenção do Curso, mas de muitos outros associados que ajudam a organização a pôr de pé esta iniciativa.
Este curso custa aos associados da Europa Viva - € 350 e aos não associados €520.
Pois acreditam que ainda há quem pense (e não são poucos os que pensam) que este Curso devia ser gratuito?
Como cidadã preocupada com o futuro do movimento associativo, gostava de saber que entidade patronal beneficia gratuitamente do trabalho voluntário destes críticos e onde prestam trabalho social voluntário, estas pessoas, para quem o trabalho intelectual e associativo deve ser uma constante e perpétua doação…
Bolas!!! Que anacronismo!!!



Sem comentários: