domingo, 9 de novembro de 2008

mais ou menos 120 000 ...

Conheço muitos tipos de professores:
- os que amam profundamente a sua profissão;
- os que odeiam profundamente a sua profissão;
- os que são professores mas podiam bem ser outra coisa qualquer...aliás, há professores que também são «outra coisa qualquer»;
- os que aprenderam a gostar da sua profissão embora tivessem ido para professores por razões várias...;
- os que foram para professores por razões várias mas que nunca aprenderam a gostar da profissão...;
- os que se licenciaram em filosofia, história, literaturas e nunca desejaram ser professores, embora soubessem que muito provavelmente não poderiam ser outra coisa senão professores...
Podia dar inúmeros outros exemplos...
Dos professores, nós sabemos muito bem o que esperar...sabemos que querem ensinar, que sabem ensinar, que gostam de ensinar, que desejam ensinar, que vivem para o ensino. É uma profissão tão especial, como aliás gostam de lembrar, que só podemos estar todos de acordo relativamente a estes pressupostos.
Dos juristas, pelo contrário, e apenas para exemplificar, nós sabemos (e esperamos) que possam ser tudo menos magistrados, advogados, juizes (...).
Depois disto a minha pergunta é a seguinte:
- Os professores reivindicam tempo para os seus alunos. Quanto a mim muito bem. O que pode um professor desejar mais, senão mesmo, tempo para os seus alunos?
(Como sabem, vivemos num tempo em que os alunos são companhias agradáveis, educadas, sensíveis, respeitadores, obedientes, serenos, disponiveis para a aprendizagem, ...não me espanta por isso que os professores desejem mais tempo, muito tempo, todo o tempo do mundo, para estar com os seus alunos...)
A minha pergunta, hoje, no contexto actual desta «luta» onde todos os professores, pela primeira vez em democracia estão de acordo, ou aparentam estar de acordo, é esta: onde estavam os professores quando tinham todo o tempo do mundo para estar com os seus alunos?

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