Estamos na capital da Siberia Oriental, Irkutsk, uma cidade simpatica e muito jovem, com uma escala urbana comparavel a qualquer cidade europeia, embora os edificios de arquitectura sovietiva persistam lembrar-nos que estamos muito longe das grandes referencias culturais e civilizacionais atraves das quais Steiner, em Ideia para a Europa, elaborou a sintese da cultura e dos valores europeus.
Quatro dias depois de termos iniciado uma viagem pelos caminhos da Russia, que nos levara a Mongolia e a China, atraves da maior linha ferrea do mundo, o Transsiberiano, fizemos escala aqui em Irkutsk para visitar o mitico Baikal, o maior lago de agua doce do Planeta e uma joia ecologica indizivel de beleza.
Apanhamos uma traineira e durante duas horas passeamos pelo lago junto a costa. Agosto aqui no Baikal ainda e um tempo aproveitado pelos siberianos para apanhar usufruir dos ultimos quentes raios de sol.
Para nos, portugueses, Agosto na Siberia corresponde ao fim da estacao de Outono, principio de Inverno, com uma temperatura variavel entre os 10 e os 21 graus durante o dia.
O lago tem centenas de pequenas ilhas para onde os siberianos mais ricos vagueiam ao fim de semana, utilizando os seus barcos.
O Baikal nao tem areia, nesta medida lembra muito a Ilha Madeira. E tal como na Madeira, tambem aqui no Baikal, apanha-se sol deitado numas estacas de madeira assentes nas pedras.
Os siberianos, obviamente, que nao acham as suas aguas frias mas ontem a temperantura da agua era de 8 a 10 graus.
Rodeado de montanhas, sem as quais, dificilmente perceberiamos que o Baikal e um lago, algumas delas formam duas e tres linhas sobre um horizonte sempre enevoado.
Para muitos o Baikal e um lugar mistico. Conhecemos duas cidadas estonias pertenca da comunidade russa naquele pais europeu que vinham para o Baikal realizar um programa de revitalizacao energetica numa das ilhas do Lago. Mae e filha atravessaram a Siberia numa atitude mais mistica do que curiosa, sedentas de se encontrarem emersas nas aguas do Lago.
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