sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mongolia

E sempre desesperante este tempo que perdemos nas fronteiras entre a Russia e a Mongolia. So na saida da Russia o comboio para na plataforma cinco horas e vinte minutos. Depois, mais uma hora do lado mongol, o que significa que, caso esta excessiva burocracia nao existisse entre as fronteiras destes dois paises, o transsiberiano levaria pouco mais de doze horas de Irkustk a Ulaan Baatar.
Mas, se assim fosse, teriamos seguramente menos historias para contar e o transsiberiano deixaria de ser um comboio tao magico.
Ja estamos na Mongolia...
O Bernardo Carvalho no livro Mongolia diz uma verdade que so se entende quando temos o previlegio de conhecer este territorio: as lentes nao conseguem captar a beleza deste pais...E de facto nao conseguem. Queremos fotografa-lo e a sua imensa beleza nao permite: nada cabe nas lentes nem as palavras sao capazes de dize-la.
Tentei fixar o momento atraves do qual algumas centenas de cabras desciam as montanhas no Parque Natural do Tejel, um dos maiores parques da Mongolia, e nao consegui. Um quadro aparentemente tao simples mas simultaneamente tao complexo dada a multiplicidade de elementos que construiam esta narrativa sobre a qual tinha de trabalhar e que se resumia a beleza.

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