segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2008

Tenho dedicado uma parte dos últimos dias a ler as dezenas de moleskines que registaram o meu ano de 2008.
Todo este trabalho visa tentar não perder uma única ideia das que foram surgindo ao longo do ano e que por variadas razões não poderam ser implantadas, estudas ou maturadas. As ideias são o produto mais precioso do século XXI. Se às ideias juntarmos a vontade e a exequibilidade podemos estar certos que somos protagonistas de mudança e não apenas peças instrumentais do devir histórico.
Aproveito sempre para ler as notas. As notas laterais que vou escrevendo à medida que a vida se faz obra. As minhas moleskines estão carregadas de notas. Sempre fui assim. Anoto tudo. Minuciosamente, paulatinamente, sem pressa. Como se estivesse sempre a preparar uma reportagem.
Descobri que a verdade ontológica dos meus dias está justamente nas notas. E as notas durante o ano de 2008 traduziram sucessivamente a angústia do esforço de empreender, a fadiga provocada pela procura, e traduziram muitas vezes o medo, o medo de não ser capaz de encontrar a solução certa no dia e à hora aprazada.
Vamos ver se em 2009 sou mais rápida na procura do acervo das soluções.

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