segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A vida de um empreendedor (II)

Começo a interessar-me pela fenomenologia do empreendedor.
Ás vezes é preciso parar para pensar melhor. Foi o que fiz. Neste parar para pensar melhor, a teoria tende a sobrepor-se à praxis, a conjuntura à estrutura, o caso ao acaso, a regra à excepção, e, claro, o autor ao espectador.
Parar para pensar não significa parar de empreender. Um empreededor nunca pára de empreender. As ideias são profundamente perturbadoras na vida do empreededor. Mesmo quando o empreendedor está exausto, saturado, farto, não suporta tratar as ideias indiferentemente.
O empreededor sabe que as ideias são o bem mais precioso da sua existência. Claro que a capacidade de risco também é decisiva mas, tomem nota, não é fundamental na espistemologia do empreendedor. Por isso, quando as ideias chegam, o empreendedor anota, equaciona, pondera, matura, e de repente, a ideia torna-se uma personagem e a personagem enche-se de conteúdos e, eis senão quando, numa curva ascendente, o empreendedor volta a sentir-se exausto, vampirizado, sem vida, transtornado, mas vivo, tresloucado de vida, animado, sentido, projectado.
A vida de um empreededor é uma imensa narrativa de esperança. Da esperança!!!

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