quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

Não tenho a certeza que o ano de 2009 seja um ano mau para o tecido social português
Quarenta por cento da economia portuguesa regista-se no dominio da economia paralela.com
O que tenho aprendido ao longo destes 30 anos de leitura activa é que as economias paralelas florescem e, muito, em tempo de crise.
A Microsoft reduziu em 1 milhão de dólares o budget português. Como a grande maioria dos clientes desta empresa americana são pequenas e médias empresas que vivem à custa do crédito, e o crédito é justamente o instrumentos financeiro e bancário mais vitimizado pelas sequelas da saga dos yuppies que sobreviveram à década de 90, a Microsoft não venderá tanto como desejaria. Mas os trabalhadores desta empresa serão afectados nos seus direitos? Claro que não. Serão mais competitivos, disso não tenho dúvidas. Trabalharão ainda mais. Disto estou certa. Terão mais encontros de criatividade e liderança. Terão maior pressão hierarquica e com isso menos estabilidade nas relações interpessoais.
Mas os bolsos dos empregados da empresa que Bill Gates criou não sofrerão grandes perturbações.
Os bolsos dos empregados das PMEs conhecerão maiores restrições. A precaridade da formação do tecido empresarial português lê-se justamente neste segmento. Por isso as PMEs vivem do crédito. Os pequenos empresários portugueses, de uma maneira geral, primeiro adquirem os seus carros, mudam de casa, começam a comprar fatos na Boss e só depois investem na sua inteligência e na dos seus colaboradores. Ou melhoram os seus programas teconológicos. Ou investem em novas práticas de gestão.
Só que 40% da economia portuguesa não está implicita num e nos noutros exemplos.
Por isso, vão florescer os empreendimentos na área da restauração, do lazer e do turismo.
O comércio das feiras aumentou e vai continuar a aumentar este ano. Voltámos ao tempo das idas às feiras de Cascais, Santo Tirso ou Guimarães.
Vamos ver quem começará a gastar nas feiras...


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