quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Não consigo...

Há um imenso património cultural e civíco que vive adormecido dentro de mim, pela sua aparente caducidade existêncial, mas sem o qual, aliás, jamais conseguirei construir a minha história pessoal ou mesmo sossegar a memória.
Georgues Moustaki, cantor militante de lingua francesa, é um exemplo notável de como a nossa genética cultural é sobretudo um imenso acumular de noticiários vindos das mais diversas e contraditórias fontes, mas tão intensamente resistentes que moldam, formatam e acolhem a gramática do tempo.
Hoje lembrei-me de Moustaki. Conheci Georges Moustaki em 1980 na Suiça, quando estudei e trabalhei naquele país.
Apesar de o meu universo mental e cultural ter sido desviado para outras referências, Moustaki continua vivo, na nostalgia da minha militância social.
Ouvi-lo é compreender o tecido social e politico dos anos 70 e 80.

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