terça-feira, 30 de setembro de 2008

Continuação dos actos continuados

Continuamos a debater a «crise financeira». Explicaram-me que a «crise» começou no dia 9 de Agosto de 2007 com a «crise» do subprime nos Estados Unidos da América. Explicaram-me ainda que todas as guerras têm por pano de fundo um imposto. Há sempre um imposto que alimenta uma parte da guerra.
Bush invadiu o Iraque e baixou os impostos. «Agora sim» terão pensado os americanos, «Bush pode ser apreciado na sua imensa genialidade».
Contaram-me ainda, como se conta uma bela «estória» que antigamente, há apenas 30, 40 ou mesmo 50 anos, os líderes mundiais, europeus, tratavam de geo-politica na base da confiança e da amizade: Roosevelt e Churchill encontravam-se pessoalmente sem precisarem que os funcionários diplomáticos ajudassem. Unia-os um projecto comum e a palavra consubstanciava essa força.
Hoje, um candidato à presidencia da Casa Branca, especialista em Relações Internacionais, o senhor MacCain não sabe como se chama o primeiro-ministro de Espanha...
Há duas décadas o dólar era a única moeda realmente importante. Hoje há várias moedas importantes. Não esqueçamos que a Alemanhã continua a ser, senão o maior, pelo menos um dos maiores exportadores do mundo.
Antigamente, há dez anos atrás, os chineses, quando havia um principio de crise nos Estados Unidos, corriam cheios de sacos com dinheiro...
Hoje, os chineses, do alto do seu palanque de eventos mundiais, não mexem uma palha a não ser para manipular, os yuans...remimindo a torto e a direito.
Viu algum alemão, françês ou espanhol correr? Não, o mundo é plural...mesmo quando se discute a unipolaridade da governação Bush.
Há muitas «estórias» extraordinárias que se podem contar a propósito da crise. Mas, atenção, o que certamente ficará para a História é a frase da Presidente do Senado americano:
The party is over...

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